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Presidente do Barcelona de Ilhéus se emociona e pede desculpas: “Entreguei o clube a especialistas e fomos humilhados”

O presidente do Barcelona de Ilhéus, Weliton Nascimento, fez um pronunciamento contundente e carregado de emoção para torcedores, patrocinadores e apoiadores do clube. Em tom de desabafo, Nascimento pediu desculpas pelo que classificou como “vergonha” e “vexame” protagonizado pela equipe nas competições da temporada de 2025.

“Eu vim aqui pedir desculpas a todos vocês, torcedores, apoiadores e patrocinadores, pela vergonha, pelo vexame que nossa equipe está fazendo nessas competições em 2025.”

Durante a fala, Weliton relembrou a origem do clube, fundado em meio à pandemia, e seu desejo de ver a equipe construída com base em luta, superação e entrega. Segundo ele, mesmo com estrutura superior à de muitos clubes do Brasil, os resultados são decepcionantes.

“O time tem todas as condições que muitos clubes de Série A e até de outros estados não têm. Entreguei o clube a especialistas, a homens que vivem do futebol, mas desde o começo do ano não conseguimos montar uma equipe que honre nossas tradições.”

O presidente revelou dificuldades contratuais herdadas de antigas gestões, que impedem a dispensa de atletas mesmo com rendimento abaixo do esperado. Muitos estariam sem compromisso com o projeto e, segundo ele, apenas “sentados em seus contratos”, sem esforço para melhorar o desempenho em campo.

“Tem atleta que sequer saiu da pousada. Nós propusemos acordos, propusemos pagar tudo dentro da lei, mas muitos sequer fazem esforço. Preferem ficar recebendo e atrapalhando os resultados.”

Weliton também compartilhou um fato alarmante: suspeitas de manipulação de resultados por parte de atletas. Ainda que não possa apresentar provas concretas, ele afirmou ter recebido análises por leitura labial que indicariam atitudes suspeitas dentro de campo.

“Nós infiltramos especialistas, e eles comprovaram por leitura labial que há manipulação de alguns atletas nossos. Mas isso será com as autoridades, porque não temos como provar.”

O presidente se mostrou especialmente abalado com a apatia dos jogadores no último jogo televisionado, onde o time adversário manteve a posse de bola por cerca de 2 a 3 minutos sem ser pressionado, com a torcida gritando “olé” e o Barcelona sofrendo gols em lances “que nem um time amador tomaria”.

“Foi surreal. O adversário ficou com a bola por 2 a 3 minutos, a torcida gritando ‘olé’, e os nossos jogadores olhando. Tomamos três gols que entregamos de bandeja.”

Apesar das adversidades, Weliton reafirma seu compromisso com o clube, mas admite estar frustrado com a falta de liderança e entrega, inclusive dentro das comissões técnicas.

“Não vejo liderança. Técnicos e comissões não estão conseguindo controlar o grupo. Teve até atleta nosso se agredindo na saída de campo e ninguém fez nada.”

Em meio ao desabafo, o presidente revelou estar considerando assumir o controle técnico do clube com um grupo menor de atletas comprometidos, sem depender de “especialistas” ou nomes com “40 anos de futebol” que não entregam resultados.

“Se for pra fazer desse jeito, eu mesmo pego meia dúzia de guerreiros, monto um time e não preciso de PHD nenhum. Tem muito especialista que só sabe falar e justificar derrota.”

Por fim, ele demonstrou cansaço e desapontamento com a quantidade de propostas duvidosas que recebe, inclusive de pessoas oferecendo para “entregar resultados”.

“Recebo ligações todos os dias com gente oferecendo técnico, gerente, jogador… Teve até quem se ofereceu para entregar jogo. Eu não aceito isso. Eu nasci para estar entre os melhores, e é isso que eu quero para o Barcelona de Ilhéus.”

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