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Exportações baianas caem 15,4% em maio, puxadas por recuo nos embarques e nos preços internacionais

Derivados de petróleo lideram queda; agropecuária avança com aumento no volume embarcado

A Bahia registrou retração de 15,4% nas exportações em maio deste ano, totalizando US$ 800,9 milhões em vendas ao exterior. O resultado reflete tanto a diminuição no volume de produtos exportados (-13,5%) quanto a queda nos preços médios (-2,2%) em comparação com o mesmo mês de 2024, segundo análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Apesar do recuo no mês, o desempenho acumulado de janeiro a maio permanece positivo, com exportações somando US$ 4,56 bilhões — um crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A indústria foi o setor mais impactado pela retração mensal, com queda de 36,2%, puxada principalmente pelo forte declínio nas exportações de derivados de petróleo (-80,3%). Os embarques desse segmento caíram 76,7%, influenciados pela baixa nas cotações do petróleo diante do temor de excesso de oferta e incertezas sobre a demanda global. Outros segmentos industriais também apresentaram redução nas exportações, como produtos químicos (-19%), papel e celulose (-17,5%) e metalurgia (-12%).

Na contramão da indústria, a agropecuária baiana apresentou crescimento de 14,1% na receita exportadora, impulsionada por um aumento expressivo no volume embarcado (+28,7%), mesmo com a queda média dos preços (-11,4%). A soja, principal item exportado no mês, teve desvalorização de 10,5%, refletindo o aumento da produção agrícola previsto para este ano, que deve crescer 9,8%.

Outro destaque positivo foi o setor extrativo mineral, que registrou crescimento de 4,8%, alavancado pelas exportações de ouro — tradicionalmente considerado um ativo de segurança em períodos de instabilidade econômica e geopolítica.

Importações também em queda

As importações baianas também apresentaram forte retração em maio, com queda de 58%, totalizando US$ 655,9 milhões. A redução se deu tanto no volume (-53,4%) quanto nos preços médios (-10%), refletindo os efeitos da política monetária sobre a atividade econômica.

No acumulado até maio, as importações caíram 19,5%, com recuo de 25,5% no volume, embora os preços tenham subido 8% no comparativo com igual período de 2024. A exceção ficou por conta dos combustíveis, cujas compras externas caíram 60,3%.

Apesar da queda geral, o mês de maio trouxe crescimento nas importações de bens de consumo (+23,7%) e bens de capital (+75,7%), especialmente veículos, aviões e máquinas mecânicas. Esses números apontam para uma demanda interna ainda aquecida e um novo ciclo de investimentos no estado.

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