Um levantamento feito pelo G1 em todo o Brasil aponta que os presídios da Bahia estão 29,5% acima da capacidade total, índice que coloca o estado como o terceiro menos superlotado do país e menos superlotado do Nordeste. Na Bahia, somando todos os regimes de prisão, 15.660 pessoas estão encarceradas no sistema prisional, que dispõe de 12.095 vagas.
O levantamento, realizado dentro do Monitor da Violência, foi feito com base nos dados dos 26 estados e do Distrito Federal. Os dados foram levantados pelo G1 via assessorias de imprensa e por meio da Lei de Acesso à Informação e são referentes a março/abril, os mais atualizados do país. O último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), do governo, é de junho de 2016 – uma defasagem de quase três anos.
MONITOR DA VIOLÊNCIA: Superlotação aumenta e número de presos provisórios volta a crescer no Brasil
INFOGRÁFICO: Mapa mostra raio X do sistema prisional
ANÁLISE DO NEV-USP: Apostar no encarceramento é investir na violência: a ação do Estado na produção do caos
ANÁLISE DO FBSP: Prisões superlotadas não inibirão o crime e a violência
RESSOCIALIZAÇÃO: Menos de 1/5 do presos trabalha no Brasil; só um em cada oito estuda
METODOLOGIA: Monitor da Violência
O índice de superlotação carcerária na Bahia é menos da metade da média nacional, que registra excedente de 70%. Os dados deixam a Bahia atrás apenas de Santa Catarina, que tem superlotação em 23,1%, e do Paraná, que tem o menor índice excedente do país: 15,4%.
Atualmente, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Bahia tem população estimada de 14.812.617 pessoas. A partir desse número, é possível afirmar que, a cada 945 baianos, um está encarcerado.
O estado com a maior superlotação da população carcerária do Brasil é Pernambuco, com 178,6% dos detentos excedendo a capacidade dos presídios, que é de 11.767 vagas, 328 a menos que a Bahia.
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