Projeto fortalece preservação da memória regional e amplia o acesso à informação para pesquisadores, estudantes e a comunidade.
A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) dará um importante passo na valorização da memória e da cultura do sul da Bahia com a aprovação de um projeto estruturante financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A iniciativa, que assegura um investimento de R$ 8,2 milhões, tem como foco a recuperação, conservação e divulgação de acervos históricos e culturais, com ênfase especial na memória de Ilhéus.
O projeto contempla dois eixos principais: a modernização do Laboratório de Memória e Cultura (Labmec) e a requalificação do Centro de Documentação e Memória Regional (Cedoc). A formalização do investimento foi feita durante cerimônia que contou com a presença da ministra Luciana Santos, do governador Jerônimo Rodrigues e de autoridades acadêmicas e científicas. Representando a Uesc, o assessor da Reitoria, Jorge Zaidan, assinou o documento que oficializa o início da execução das ações.
Preservação e acesso ao patrimônio documental
O Labmec receberá R$ 6 milhões para ampliação e modernização de sua estrutura, com o objetivo de transformá-lo em um centro multiusuário de referência na preservação da história e cultura regional. Entre as ações previstas estão a digitalização de mais de nove mil volumes, a criação de uma plataforma digital de acesso ao acervo e a implantação de tecnologias avançadas para a preservação de documentos.
Já o Cedoc, fundado em 1993 e responsável pela guarda de documentos históricos valiosos sobre o sul da Bahia, será reestruturado com aporte de R$ 2,2 milhões. As melhorias envolvem a requalificação física do espaço, digitalização do acervo e desenvolvimento de um sistema online de consulta pública.
Benefícios para a comunidade acadêmica e regional
Com a iniciativa, a Uesc fortalece seu papel como guardiã da memória regional, contribuindo para o acesso democrático ao conhecimento e incentivando a pesquisa acadêmica. A modernização dos espaços proporcionará maior integração entre pesquisadores, estudantes e a sociedade civil, consolidando a Universidade como uma referência na área de patrimônio histórico e cultural.
Além de preservar documentos e registros valiosos, o projeto garantirá que futuras gerações tenham acesso a esse acervo por meio de plataformas digitais, promovendo inclusão, cidadania e valorização da identidade cultural do povo baiano.